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Amalá

Amalá: Territórios de justiça proteção e poesia

Ebó-instalação, 2017-2018

Cerâmica e chamote terracota

Dimensões Variadas

A obra apresenta a multiplicidade do vegetal quiabo. Ingrediente principal da comida votiva oferecida ao Òrìşà Ṣàngó como forma de agradecimento por justiça e proteção. Há um saber ancestral que afirma: "Quem come quiabo não carrega doença".

 

Amalá é um assentamento, um portal de cura e oferenda para Deuses Negros que mediam através da terra e do alimento votivo, conexões com África e sua diáspora no sertão. 

A plasticidade do barro, argila primordial, elemento associado à divindade Nàná (senhora dos mangues e avó dos Òrìşàs), une-se ao fogo, elemento de Ṣàngó, produzindo artefatos de cerâmica que são utilizados pelo Povo de santo nos terreiros de candomblé.

 

Na instalação 1.900 quiabos foram modelados a mão, um-a-um, utilizando argila terracota coletada nos territórios de Maragogipinho e Coqueiros, no Recôncavo da Bahia, em Carnaúbas, povoado de Pilão Arcado no sertão Baiano e no Alto do Moura em Caruru - PE, queimada à 900°C e 110°C. 150 kg de chamote pilados exaustivamente compõe o trabalho.

O Ebó-instalação participou da exposição Ounjé: Alimento dos Orixás;

Circulou com a exposição"Lugar de Terra" -  Galeria Cañizares, Salvador- Ba, Galeria Mestre Galdino, Caruaru - PE e Galeria Ana das Carrancas Petrolina - PE.

Foto: Juliano Varela e Matheus José

© 2022 Luiz Marcelo 

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